sábado, 24 de janeiro de 2009

Neuromarketing

Neurociência e Marketing são duas ciências aparentemente distintas, mas que a comunidade científica conseguiu unificar: Neuromarketing, um conceito recente que, segundo Nelson Lima, neuropsicólogo do Instituto de Inteligência de Portugal, consiste no “estudo do consumidor ao nível do sistema cérebro / mente”. Na prática, confrontar o consumidor com determinados estímulos para percepcionar a reacção, tal como defende Michael Gazzaniga, presidente do Instituto de Neurociências Cognitivas dos EUA, “o cérebro sabe e age antes de nós percebermos isso”.

Com tal precisão, o Neuromarketing é possível monitorar as emoções vividas durante as experiências de consumo. Essa ciência estuda neurologicamente o estado cerebral de uma pessoa quando expostos a mensagens relacionadas com experiências de consumo, tornando possível a identificação das zonas do cérebro estimuladas.

Entre as vantagens, está a possibilidade de descobrir que sentimento uma campanha de Marketing desperta nas pessoas, o que permite criar melhores acções e obter os resultados que se pretendem; tratando-se ainda de uma fonte de pesquisa mais fiável.

Porém, esta técnica acarreta custos elevados, devido ao recurso de equipamentos tecnológicos para a percepção das reacções. O facto de ser uma disciplina recente, o Neuromarketing ainda pode ser encarado de forma negativa, principalmente junto dos mais cépticos. Entre outras limitações está a impossibilidade de prever as mudanças de comportamento ou mesmo de estabelecer um padrão perfeito para determinadas acções de Marketing, uma vez que uma série de factores imprevisíveis influencia o resultado final.

Exemplo:
A Thinking Craft, Inc. é uma empresa que nos EUA desenvolveu a tecnologia Neurographix, que permite segmentar o mercado com base no que as pessoas pensam, através do desenvolvimento de um sistema para classificar os padrões de pensamento. Com esta rápida evolução, num futuro não muito distante, as empresas poderão dizer precisamente se uma campanha publicitária ou produto acciona a actividade cerebral e neuroquímica associada com memória e acção.

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